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| Após setecentos anos o loureiro voltará a florir |
 “Após setecentos anos o loureiro reflorirá das cinzas dos mártires”A profecia se tornou realidade!Há várias décadas, alguns homens tentaram reviver antigas memórias da região francesa da Occitânia, do catarismo occitano, lembranças enterradas nos meandros da história e do inconsciente coletivo.Às vezes como o soar de trombetas, outras vezes de forma mais discreta, mais erudita, assistia-se a um lento e inexorável manifestar de consciências. Certos ideais ligados ao Catarismo emergiam. Era a época do ressurgimento.Curvados sob o peso do materialismo do final do século XIX, os homens despertavam das profundezas de seu ser as forças do ressurgimento.O passado voltava à tona com seus vestígios e ruínas, seus marcos históricos e personagens emblemáticas, com questões não respondidas, como lições não assimiladas.De um lado, a Igreja de Roma consolidava sua influência sobre as consciências e, de outro, a coroa da França se acrescia de inúmeras e ricas províncias.Compreender-se-á perfeitamente o incômodo dos historiadores, tanto laicos quanto religiosos, obrigados a admitir que a unidade e a glória da Igreja e da França foram obtidas à custa de massacres e fogueiras. |
 Não é mera coincidência que, em nossos dias de profundo questionamento e colapso das normas éticas e religiosas, neste momento histórico crucial da humanidade, muitos, em sua busca por valores e novas soluções para os problemas fundamentais de nosso tempo, se interessem pela vida dessas comunidades espirituais cátaras, desaparecidas de maneira tão trágica.Alguns, estremecidos no âmago da alma e movidos por esse destino tão extraordinário, buscam penetrar a verdade e ousam por fim fazer a pergunta:“Haveria outro cristianismo?”Por que restam tão poucos traços de tão poderosa corrente espiritual que se difundiu dos Bálcãs até o Atlântico, da costa do Mediterrâneo ao norte da Alemanha, de humildes povoados a cidades opulentas, e teve fiéis em todos os estratos da sociedade da época, do simples artesão ao senhor feudal, do homem religioso ao cavaleiro?O que se pretendeu ocultar e reduzir a nada? Antonin Gadal ousou fazer essas perguntas abrasadoras e para elas ofereceu respostas iluminadas. |
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